sábado, 5 de novembro de 2011

Eterna é a misericórdia do Senhor.


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Durante o Ano Jubilar, o Santo Padre o Papa João Paulo II dedicou o segundo domingo da páscoa à Misericórdia Divina, na ocasião, celebrou também a canonização de Irmã Faustina. Este ano, a festa aconteceu no dia 22 de abril e aqui transcrevemos a homilia proferida na Celebração Eucarística.

"Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último e o Vivente. Eu estava morto, mas agora vivo para sempre" (Ap 1,17-18). Estas consoladoras palavras do livro do Apocalipse nos convidam a voltar o olhar para Cristo, para experimentar a sua segura presença. A cada um, em qualquer condição em que se encontre, talvez mesmo na mais complexa e dramática, o Ressuscitado repete: "Não temas!"; morri na cruz, mas agora "vivo para sempre"; "Eu sou o Primeiro e o Último e o Vivente".

"O Primeiro", a nascente, isto é, de cada ser é a primícia da nova criação; "O Último", o termo definitivo da história; "O Vivente", a fonte inexaurível da Vida que venceu a morte para sempre. No Messias crucificado e ressuscitado reconhecemos os traços do Cordeiro imolado no Gólgota, que implora o perdão para os seus algozes e abre para os pecadores arrependidos as portas do céu; descobrimos o rosto do Rei imortal que tem "poder sobre a morte e sobre os infernos" (Ap 1,18).

"Celebrai ao Senhor porque é bom, porque eterna é a sua misericórdia" (Sl 117,1). Façamos nossa a exclamação do salmista: eterna é a misericórdia do Senhor! Para compreender profundamente a verdade destas palavras, deixemo-nos conduzir pela liturgia ao coração do evento da salvação, que une a morte e a ressurreição de Cristo à nossa existência e à história do mundo. Este prodígio de misericórdia mudou radicalmente a sorte da humanidade. É um prodígio no qual se explica em plenitude o amor do Pai que, para a nossa redenção, não volta atrás nem mesmo diante do sacrifício do seu Filho unigênito.

No Cristo humilhado e sofredor, crentes e não crentes podem contemplar uma solidariedade surpreendente, que o une à nossa condição humana muito além de nossa imagináveis medidas. A Cruz, também depois da ressurreição do Filho de Deus, "fala e não cessa jamais de falar de Deus Pai, que é absolutamente fiel ao seu eterno amor para com o homem... Crer em tal amor significa crer na misericórdia" (Dives in Misericordia, 7).

Queremos render graças ao Senhor por seu amor, que é mais forte que a morte e o pecado. Esse amor se revela e se atua como misericórdia na nossa cotidiana existência e solicita cada homem a ter à sua volta "misericórdia" para com o Crucificado. Não é, portanto, amar a Deus e ao próximo, até os "inimigos", segundo o exemplo de Jesus, o programa de vida de todo batizado e da Igreja inteira?

Com estes sentimentos, celebramos o segundo domingo de Páscoa, que desde o ano passado, ano do Grande Jubileu, é chamado também de "Domingo da Misericórdia Divina". Para mim, é uma grande alegria poder unir-me a todos vocês, queridos peregrinos e devotos vindos de várias nações para comemorar o primeiro ano da canonização de Irmã Faustina Kowalska, testemunha e mensageira do amor misericordioso do Senhor. A elevação às honras dos altares desta humilde religiosa, filha de minha terra, não representa um dom apenas para a Polônia, mas para toda a humanidade.

A mensagem, de fato, da qual foi portadora constitui a resposta adequada e incisiva que Deus desejou oferecer às perguntas e procuras dos homens deste nosso tempo, marcado por tantas tragédias. A Irmã Faustina de Jesus disse um dia: "A humanidade não encontrará paz enquanto não se voltar com confiança à misericórdia divina" (Diário, p. 132). A Divina Misericórdia! Eis o dom pascal que a Igreja recebe do Cristo ressuscitado e que oferece à humanidade, no alvorecer do terceiro milênio...

O Evangelho de João nos mostra o Mestre que transmite aos discípulos temerosos e estupefatos a missão de ser ministros da divina Misericórdia. Ele mostra as mãos e o lado com os sinais da paixão e comunica-lhes: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio" (Jo 20,21). Imediatamente depois "soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo; a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados e a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20,22-23). Jesus confia a eles o dom de "perdoar os pecados", dom que brota das feridas das suas mãos, dos seus pés e sobretudo do seu lado traspassado. De lá uma onda de misericórdia é lançada sobre a humanidade inteira.

Revivemos esse momento com grande intensidade espiritual. Também a nós hoje o Senhor mostra as suas chagas gloriosas e o seu coração, fonte incessante de luz e de verdade, de amor e de perdão.

O Coração de Cristo! O seu "Sagrado Coração" deu tudo aos homens: a redenção, a salvação, a santificação. Deste Coração superabundante de ternura Santa Faustina Kowalska viu desprender-se dois fachos de luz que iluminavam o mundo. "Os dois raios - conforme Jesus a confidenciou - representam o sangue e a água" (Diário, p. 132). O sangue relembra o sacrifício do Gólgota e o mistério da Eucaristia; a água, segundo a rica simbologia do evangelista João, faz pensar no batismo e no dom do Espírito Santo (cf. Jo 3,5; 4,14).

Através do mistério deste coração ferido, não cessa de expandir-se também sobre os homens e as mulheres da nossa época o fluxo restaurador do amor misericordioso de Deus. Quem deseja a felicidade autêntica e duradoura, somente aqui pode encontrar o segredo.

"Jesus, confio em ti". Esta oração, querida a tantos devotos, bem exprime o modo como queremos abandonar-nos confiantes nas tuas mãos, ó Senhor, nosso único salvador.

Tu ardes de desejo de seres amado, e quem se sintoniza com os sentimentos do teu coração aprende a ser construtor da nova civilização do amor. Um simples ato de abandono é suficiente para fazer ruir as barreiras do escuro e da tristeza, da dúvida e do desespero. Os raios da tua divina misericórdia transmitem esperança, de modo especial a quem se sente esmagado pelo peso do pecado.

Maria, Mãe de Misericórdia, faça com que mantenhamos sempre viva esta confiança no teu Filho, nosso Redentor. Ajude-nos também tu, Santa Faustina, que hoje recordamos com particular afeto. Junto a ti queremos repetir, fixando o nosso fraco olhar sobre o rosto do divino Salvador: "Jesus, confio em ti". Hoje e sempre. Amém.


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por
Comunidade Shalom

terça-feira, 1 de novembro de 2011

IGREJA CATOLICA CEBRA DIA DE TODOS OS SANTOS






Ladainha de todos os Santos

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
R/. Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus, Pai dos Céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
São Miguel,
São Gabriel,
São Rafael,
Todos os santos Anjos e Arcanjos,
Todas as santas ordens dos Espíritos bem-aventurados,
São João Batista,
São José,
Todos os Santos Patriarcas e Profetas,
São Pedro,
São Paulo,
Santo André,
São Tiago,
São João,
São Tomé,
São Tiago,
São Filipe,
São Bartolomeu,
São Mateus,
São Simão,
São Tadeu,
São Matias,
São Barnabé,
São Lucas,
São Marcos,
Todos os Santos Apóstolos e Evangelistas,
Todos os Santos Discí­pulos do Senhor,
Todos os Santos Inocentes,
Santo Estevão,
São Lourenço,
São Vicente,
São Fabiano e São Sebastião,
São João e São Paulo,
São Cosme e São Damião,
São Gervásio e São Protásio,
Todos os Santos Mártires,
São Silvestre,
São Gregório,
Santo Ambrósio,
Santo Agostinho,
São Jerônimo,
São Martinho,
São Nicolau,
Todos os Santos Pontí­fices e Confessores,
Todos os Santos Doutores,
Santo Antão,
São Bento,
São Bernardo,
São Domingos,
São Francisco,
Todos os Santos Sacerdotes e Levitas,
Todos os Santos Monges e Eremitas,
Santa Maria Madalena,
Santa Ágata,
Santa Luzia,
Santa Inês,
Santa Cecília,
Santa Catarina,
Santa Anastásia,
Todas as Santas Virgens e Viúvas,
Todos os Santos e Santas de Deus, intercedei por nós.

Sede-nos propício,
R/. perdoai-nos, Senhor.

Sede-nos propício,
R/. ouvi-nos, Senhor.

De todo o mal, livrai-nos, Senhor.
De todo pecado,
Da vossa ira,
Da morte repentina e imprevista,
Das ciladas do demônio,
Da ira, do ódio e de toda má vontade,
Do espírito de impureza,
Do raio e da tempestade,
Do flagelo do terremoto,
Da peste, da fome e da guerra,

A invocação que segue entre parênteses, só se reza durante as "Quarenta Horas"

(Do perigo iminente,)
Da morte eterna,
Pelo mistério da vossa Encarnação,
Pelo vosso Advento,
Pela vossa Natividade,
Pelo vosso Batismo e santo jejum,
Pela vossa Cruz e Paixão,
Pela vossa morte e sepultura,
Pela vossa santa Ressurreição,
Pela vossa admirável Ascensão,
Pela vinda do Espírito Santo Consolador,
No dia do Juízo,
Pecadores que somos, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos perdoeis,
Para que nos favoreçais,
Para que Vos digneis conduzir-nos a uma verdadeira penitência,
Para que Vos digneis governar e conservar a vossa Santa Igreja,
Para que Vos digneis conservar na Santa religião o Sumo Pontífice e todas as ordens da hierarquia eclesiástica,
Para que Vos digneis humilhar os inimigos da Santa Igreja,
Para que Vos digneis conceder aos reis e príncipes cristãos a paz e verdadeira concórdia,
Para que Vos digneis conceder a paz e união a todo o povo cristão,
Para que Vos digneis atrair à unidade da fé todos os que estão no erro, e conduzir todos os infiéis à luz do Evangelho,
Para que Vos digneis confortar-nos e conservar-nos no vosso santo serviço,
Para que Vos digneis elevar as nossas almas a desejar as coisas do Céu,
Para que Vos digneis retribuir a todos os nossos benfeitores, dando-lhes a eterna felicidade,
Para que livreis da condenação eterna as nossas almas, as dos nossos irmãos, parentes e benfeitores,
Para que Vos digneis dar e conservar os frutos da Terra,
Para que Vos digneis dar a todos os fiéis defuntos o descanso eterno,
Para que Vos digneis atender-nos,
Filho de Deus,

V/. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
R/. perdoai-nos, Senhor.

V/. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
R/. atendei-nos, Senhor.

V/. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
R/. tende piedade de nós.

V/. Jesus Cristo, ouvi-nos.
R/. Jesus Cristo, atendei-nos.

V/. Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.

V/. Pai-Nosso (em voz baixa).
V/. E não nos deixeis cair em tentação.
R/. Mas livrai-nos do mal

O QUE OS SANTOS NOS DIZEM DO PURGATÓRIO


VISÕES E SONHOS DOS SANTOS

Relataremos aqui o que os Santos da nossa Igreja Católica nos ensinam com suas experiências vividas aqui na Terra. Pois de fato muitos santos e santas, tiveram visões e sonhos a respeito do que se passa no purgatório e como acontece com as almas que lá estão.
E sendo assim a Santa Mãe Igreja os canonizou, podemos ter a plena certeza da verdade do purgatório e nos seus ensinamentos.

Quem nesta vida mais socorrer as almas do purgatório, Deus fará com que seja também socorrido por outros, quando estiver láno meio daquelas chamas.
Santo Agostinho.


O maior tormento das almas do purgatório é o desejo de possuir Deus, que ainda não possuem. Esse desejo afligirá especialmente aqueles que durante a vida, desejaram tão pouco o céu.

As almas do purgatório, muito mais amadas de Deus e confirmada em graças, podem rezar por nós. O Senhor lhe faz conhecer as nossas preces, e, então, cheias de caridade não deixam de pedir por nós.

As almas do purgatório sofrem horrivelmente e não podem socorrer-se a si mesmas. Elas são tão pobres que não podem satisfazer por si próprias à Justiça Divina.
Santo Afonso de Ligório.


O Purgatório é um feliz estado, mais desejado que temível, porque as chamas que lá existem são as chamas de amor.
São Francisco Sales.


O sofrimento do purgatório excede todas as dores que podemos sofrer nesta vida.
São Tomás de Aquino.



Não há motivo para rezar pelas almas que estão no céu, nem por aquelas que se encontram no inferno. Portanto, deve haver um purgatório após a morte onde permanecem as almaws dos justos que ainda não pagaram todas as suas contas com a justiça divina.
Por toda a Missa devotamente celebrada muitas almas saem do purgatório, voam para o céu.
São Jerônimo.